Devido à pandemia, a profissão de psicólogo teve um grande crescimento. A saúde mental deixou de ser um tabu e tornou-se uma prioridade para muitas pessoas. No entanto, trabalhar como psicólogo não se limita apenas a ter uma formação académica sólida. O centro desta profissão são as pessoas que procuram melhorar a sua saúde mental, pelo que a atuação do psicólogo terá maior ou menor impacto nelas. Por isso, a ética profissional do psicólogo é de extrema importância, pois integra uma série de valores e considerações éticas que o profissional deve aplicar diariamente no exercício do seu trabalho.
Neste post, vamos explicar o decálogo de valores éticos que qualquer profissional de psicologia deve respeitar.
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Índice de contenidos
Princípios da ética profissional do psicólogo
Tal como em muitas profissões, o trabalho do psicólogo baseia-se num decálogo de valores éticos. Concretamente, encontramos 10 princípios da ética profissional do psicólogo. Portanto, se planeias dedicar-te a esta área profissional no futuro, aqui enumeramos e explicamos os valores que orientam este campo de trabalho. Toma nota.
Cumprir o princípio da beneficência
O trabalho de qualquer psicólogo, independentemente da sua área de especialização, deve centrar-se em 10 princípios da ética profissional do psicólogo. O psicólogo tem a obrigação de buscar o maior benefício para a saúde mental do paciente, ajudando na medida do possível.
Embora existam casos em que seja necessário aplicar técnicas ou processos que possam causar sofrimento emocional ao paciente, as ações devem sempre focar-se em proporcionar benefícios superiores ao sofrimento experienciado. Portanto, ajudar os pacientes a alcançar o bem-estar é o pilar principal desta profissão.
O paciente, o centro desta profissão
Embora pareça óbvio, o psicólogo lida com pessoas que procuram ajuda, pelo que estas devem sentir-se atendidas, compreendidas e não julgadas. O decálogo de valores éticos determina que não se deve subestimar ou minimizar o sofrimento do paciente nem o que é importante para ele ou ela. Caso contrário, a relação especialista-paciente e a adesão aos tratamentos ou terapias sofrerão consequências negativas.
Não julgar o paciente
Abrir-se emocionalmente a outras pessoas não é fácil. Em cada consulta, os pacientes confiam ao psicólogo os seus medos, preocupações ou experiências, que devem ser respeitadas, mesmo que difiram das ideias do profissional. Se o psicólogo não conseguir encontrar uma forma de promover o bem-estar do paciente, pode encaminhá-lo para outro profissional.
Respeitar a confidencialidade do paciente
Todas as informações fornecidas pelo paciente devem permanecer totalmente confidenciais, exceto por ordem judicial ou em caso de perigo grave para a integridade própria ou de terceiros. Muitas vezes, o paciente não partilha essas informações com mais ninguém além do psicólogo, pois procura a sua ajuda.
Se o psicólogo utilizar as informações para fins científicos, educativos, de investigação ou comunicação com outros especialistas, deve obter sempre o consentimento do paciente.
Respeitar a autonomia do paciente
O código ético do psicólogo determina que não se deve forçar o paciente a realizar certas ações, técnicas ou intervenções com as quais não concorde. O psicólogo pode ajudá-lo a tomar decisões, mas a decisão final pertence sempre ao paciente.
Reconhecer os limites como profissional
Mesmo com experiência e uma formação sólida, o profissional de psicologia precisa de ser honesto e reconhecer até onde pode ir, de acordo com cada caso. Se a situação ultrapassar os seus conhecimentos, deve encaminhar o paciente para outro profissional especializado.
Trabalhar com total objetividade
Outro dos princípios da ética profissional do psicólogo é a objetividade. Os gostos, crenças e valores pessoais do psicólogo não devem influenciar o seu trabalho em momento algum. Deve exercer a sua profissão sempre de forma objetiva, colocando-se no lugar do paciente para compreendê-lo e poder ajudá-lo.
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O bem-estar do paciente, uma obrigação
Como já referido, o princípio ético mais importante para um psicólogo é proporcionar o máximo bem-estar ao paciente, que procura a consulta em busca de ajuda. Assim, um bom psicólogo não exerce esta profissão por motivos económicos, para reforçar o seu ego ou para resolver carências pessoais.
Formação e atualização constantes
Tal como em outras disciplinas, a psicologia é uma área em constante evolução. Embora exija uma base de conhecimentos sólida, o psicólogo deve manter-se atualizado sobre novos estudos, avanços e técnicas que surjam. Desta forma, conseguirá oferecer um serviço de maior qualidade aos pacientes, aplicando métodos mais eficazes e personalizados.
Respeito pela profissão
Por fim, o trabalho de um psicólogo tem um impacto profundo na vida dos seus pacientes. Este setor profissional dedica-se a ajudar os outros, contribuindo para que melhorem em vários aspetos das suas vidas. Por isso, o psicólogo deve respeitar a sua profissão e evitar prejudicá-la ao máximo.
